Página 229
Tal qual grande parte das protagonistas dos romances adolescentes que lotam boa parte das estantes, Nora Gray leva uma vida cheia de pequenas e corriqueiras preocupações - até uma aula de biologia mudar drasticamente sua rotina.
Sempre com a impressão de estar sendo seguida, Nora tem sua vida metida em um inferno - que só ela pode ver - e fica cada vez mais desesperada. Durante todo o desenrolar da trama, a garota demonstra o quão insegura é - além de indecisa. Ela sentia o perigo emanar de Patch, mas não acreditava que ele fosse capaz de fazer com que ela fosse para outro plano - não até ver isso.
"- Nora? Venha brincar conosco. Se você não vier, tem uma árvore no pátio esperando por Vee."
Página 230
Elliot, um novato na escola, traz consigo um amigo chamado Jules - com quem Vee tem um envolvimento - e um possível assassinato na ficha criminal. Ao descobrir uma reportagem que falava sobre o assunto, Nora passa a correr ainda mais perigo - isso até seu anjo aparecer...
~> Meus comentários: Monótono. A trama se desenvolve vagarosamente e, assim como em outras séries, o elemento fundamental para prender o leitor às páginas é o par da protagonista, já que ela é extremamente sem graça. A insegurança de Nora é acompanhada por um montante estratosférico de perguntas as quais o leitor já fora levado a fazer durante a leitura, o que faz com que o livro seja repetitivo.
Qualquer explicação ou emoção existente em Sussurro localiza-se ao fim do livro, porém não daquela forma a qual já estamos acostumados, onde explicações finais dão sentido aos acontecimentos decorridos. Neste livro, a história realmente acontece ao fim. Nora se pergunta tantas vezes a mesma coisa, de tantas maneiras diferentes, que se lermos o livro da metade até o fim, saberemos o que se passou anteriormente. Como já disse, Patch é a única coisa que vale a pena neste livro.
A maneira devagar-quase-parando com que Becca construiu a história fez-me sentir entediada, e apenas não abandonei a leitura por haver uma centelha de esperança que me dizia que algo poderia melhorar aquela leitura. Fui até o fim de Sussurro incentivada pelo seguinte pensamento: "Esse livro fez sucesso demais, não deve ser apenas a divulgação." As últimas páginas e primeiras emoções vieram para confirmar que não estivera errada: a autora demonstrou sua habilidade em "virar o jogo" e tornou Patch ainda mais apaixonante.
Toda a insegurança e a falta de atrativos da protagonista fez-me lembrar de algumas leituras anteriores, mas nada me tira da cabeça que Hush hush é uma espécie de "Crepúsculo angelical". Confiram comigo:
- mocinha sem sal nem açúcar: confere;
- garoto com cara de mau e bom coração: confere;
- circunstância sobrenatural que deveria afastar o casal: confere; entre vários outros.
Resumindo: até recomendo a leitura, mas para pessoas muito, muito pacientes. Crescendo, a continuação da série, ficará para quando não houver mais nenhum livro para eu ler. :/
Beijos, NikaSanc.
Um comentário:
Parabéns pela resenha Nika! Já li Sussurro e amei e estou ansiosa para ler Crescendo. Que pena que você não gostou tanto da estória. Beijos!
Postar um comentário